DE VÁRZEA MASMORRAS & DRAGÕES CONVIDADO HILÁRIO BOOM! EDIÇÃO 1



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

REVIEW - Captain Toad: Treasure Tracker é fofura inteligente!


Por Paulo Antunes

Oi... Eu aqui de novo, mais uma vez a pessoa menos indicada para fazer um review de jogo, ainda mais da Nintendo. Meus amiguinhos de podcast tem orgasmos múltiplos com cada lançamento desses japas malucos. Já pra mim, comprar o Wii U foi uma tremenda aposta. E a cada rumor sobre um novo vindouro console, eu sinto calafrios. A verdade é que o bichinho fica encostado aqui a maior parte do tempo, só sendo ligado por causa do Mario Kart 8. Mas, todavia, entretanto... volta e meia, a Nintendo lança um joguinho que brilha no horizonte. Para muitos foi Super Smash Bros Wii U, mas, para mim, foi Captain Toad: Treasure Tracker.

O jogo nasceu de um minigame de Super Mario 3D World, um excelente capítulo na longa lista de games do encanador, lançado em 2013, e o primeiro que comprei para o atual sistema. Lembro de ter gostado muito na época e este foi o motivo de eu ter corrido atrás deste. Basicamente você controla o personagem título em pequenas fases flutuantes, onde o seu objetivo é coletar pelo menos 3 diamantes (não precisa coletar todos, mas é questão de honra) e uma estrela, numa mistura de puzzle com plataforma. Você não pode pular e precisa sempre mudar a perspectiva, usando o Wii U Pad (ou o analógico para os preguiçosos como eu), girando todo o cenário para tentar achar a melhor rota para os seus objetivos, tornando essa a mecânica essencial do gameplay.

O jogo brilha ao inovar dentro de uma motivação tão simples. A cada estágio (e são algo em torno de 70), o jogo lança novas mecânicas que irão ser usadas em conjunto com outras mais antigas, apenas adicionando mais e mais ao gameplay. Os desafios não são nada que irão te fazer perder o sono, mas possuem um bom nível de satisfação ao concluí-los. Como diria o nosso amigo Chuvisco, é um jogo deveras 'cachacento', impossível de tomar apenas uma dose. São 3 episódios (os dois primeiros com 18 estágios cada e o terceiro com 28 estágios) e mais um episódio de bônus, que permite que você rejogue estágios Super Mario 3D World, adaptados para Cap. Toad, se você tiver os saves em seu Wii U. O jogo também aceita o amiibo de Toad, que esconde um pequeno Toad de 8 bits em todas fases, aumentando ainda mais o senso de dever de completar 100% dos estágios.




Infelizmente, nem tudo são flores. Achar uma cópia física, por um preço camarada, vai ser uma aventura a parte. Com a Nintendo oficialmente fora do país, talvez a alternativa seja mesmo investir num hd externo ou um pendrive robusto para plugar no seu Wii U e ser feliz consumindo jogos online. Boa sorte também de achar um amiibo a um preço razoável para poder aumentar a experiência de seu jogo.

Num mundo ideal, num país justo, com impostos justos, eu poderia sugerir para todos comprar um Wii U como segundo console. A Nintendo faz jogos com cara de videogame old school, mas a genialidade de design que evoluiu com o passar dos anos, que você não encontra mais em nenhum lugar. Captain Toad é um excelente exemplo disso. Ao mesmo tempo em que eu posso ligar o meu PC, PS4 ou XOne para me perder no mundo de Thedas, ou matar orcs em Mordor, é bom saber que eu sempre tenho a opção de ir para uma coisa que me remete mais aquela época em que o videogame ficava no chão da sala e seus pais ainda reclamavam que ele estragava a televisão, com a vantagem de que sua avó não vai esbarrar no fio do controle.

T+

NOTA: 4,5